segunda-feira, 9 de maio de 2011

Classificação das modalidades esportivas coletivas


            É possível identificar semelhanças e diferenças entre as diversas MEC. Foi estabelecido um critério para classificação das modalidades esportivas que considera toda situação motora como um sistema de interação global entre o sujeito atuante, o entorno físico e os outros participantes eventuais. Primeiro, a ação desenvolve-se num espaço separado e com a participação sobre a bola de forma alternada. Segundo, é constituído por aquelas modalidades em que as duas equipes utilizam um espaço de jogo comum, e a forma de intervenção ou ação sobre a bola é de modo alternado. Terceiro, as modalidades que desenvolvem sua ação em um espaço comum e com participação simultânea sobre a bola.
            Na nossa realidade de prática das MEC, vale a pena observar as que constituem o segundo e o terceiro grupo. Sendo assim, as semelhanças entre esse grupo de MEC são mais uma vez observada, pois são modalidades de esforços intermitentes, mistos e que se existe luta direta pela posse da bola.
Estrutura funcional
            A relação ataque/defesa e a relação cooperação/oposição, a estrutura funcional das MEC. A situação de ataque ou defesa é determinada pela posse ou não da bola. A primeira definição da posse da bola acontece no inicio do jogo, com disputa direta da bola, como no basquete, ou através de um sorteio, como no futebol e outros esportes.
·         Após marcar um gol ou ponto, com exceção do voleibol e outras MEC com rede, em que, após marcar o ponto, a equipe conserva a posse de bola, passando-a a outra equipe após o saque;
·         Após o ataque cometer alguma falta à regra.
·         Após o ataque permitir que a bola saia dos limites do campo de jogo.
·         Após a defesa recuperar ativamente a bola.
As situações de ataque e defesa estabelecem a relação de oposição.
·         Ações com a posse de bola
Ø  Finalizar;
Ø  Passar;
Ø  Progredir com a bola utilizando fintas.
·         Ações de ajuda ao portador da bola;
Ø  Desmarcar-se para receber a bola;
Ø  Bloquear o deslocamento do defensor.
Na defesa, seguido os princípios apresentados, as ações podem ser;
·         Interceptar a bola;
·         “Roubar” a bola das mãos ou pés do adversário;
·         Atrasar ou parar os movimentos atacantes até a meta.
O voleibol, como já apresentado, apresenta algumas diferenças em relação a outras MEC. A presença de uma rede entre as duas equipes, a impossibilidade de penetrar o acampo adversário e a anulação de qualquer contato físico entre as equipes.
            O principio da conservação de bola parece ser reduzido, pois a equipe adversária não pode recuperá-la ativamente, ou seja, não intercepta os possíveis passes do atacante, dependendo a conservação assim, exclusivamente, dos companheiros da equipe atacante.
            Todo jogador, em função do objetivo comum da sua equipe, deve ajudar seus companheiros e comunicar-se com eles. Jogar de acordo com os mesmos princípios e utilizando os mesmos fatores, representa a linguagem que possibilita a compreensão mútua. Por outro lado, cada equipe, com seu próprio objetivo comum, contra comunica-se com a adversária. Nessa situação de oposição e cooperação, surge o problema fundamental das MEC: coordenar as ações com a finalidade de recuperar, conservar e fazer progredir a bola, tendo como objetivo criar situações de finalização e marcar o gol.
            Em função dessa inter-relação, o desafio básico de cada jogador é cooperar com seus companheiros. A partir daí, surgem três grandes categorias de subproblemas, plano espacial e temporal, plano da informação e plano da organização.
Componentes
            Para que o jogador consiga lidar com todas essas características da MEC,  é preciso que ele interaja também com todos os componentes que forma esse grupo de modalidades.
            É importante distinguir tática de estratégia, pois muita confusão é feita com os dois termos, gerando imprecisões conceituais, a tática muitas vezes se confunde com a estratégia. A estratégia representa o que está previsto antecipadamente, enquanto a tática é a adaptação instantânea das estratégias às configurações do jogo e à circulação de bola frente à oposição.
            De uma forma geral, um bom resultado tático depende do desenvolvimento de competências especificas para cada fase. Para que as duas primeiras fases citadas sejam desenvolvidas com sucesso. A percepção tem como função filtrar as informações que chegam ao individuo e decodificá-las de forma tal, que este possa reconhecer a natureza e a composição do meio ambiente. A percepção é largamente influenciada por concentração, a partir das informações percebidas, o jogador tem que decidir qual a ação executar. Afirma-se que é necessária a antecipação para a decisão, a tomada de decisão é influenciada por diversos fatores que se inter-relacionam, ela é influenciada pelos valores sociais do grupo de que os jogadores fazem parte e pelos motivos pessoais a respeito da atividade.
             Os conhecimentos de que o atleta dispõe possibilitam-no orientar-se com prioridade para certas seqüências de ações em detrimento de outras.
            É possível concluir, então que a aquisição de informação é fundamental na prática das MEC e deve ser cultivada desde o começo, para permitir ao jogador os diferentes elementos nas situações que atravessa situações jamais idênticas e sempre renovadas.
             A técnica é entendida como a execução do movimento, especifico para cada modalidade, aquele que aprende uma técnica deve entender para que pode utilizá-la e deve conhecer a situação.
            Isso indica que, para que a técnica seja funcional, deve adaptar-se de forma inteligente às situações de jogo, ou seja, deve ser um processo intencional para a solução adequada de um dado problema.
           
Modalidades de jogo
·         Futebol; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Basquete; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Futsal; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Handebol; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Hóquei; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Pólo aquático; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Rugby; espaço de jogocomum, estrutura funcionalataque-defesa, participaçãosimultânea.
·         Voleibol; espaço de jogo – separado, estrutura funcional – cooperação-oposição, participação – alternada.
·         Tênis em duplas; espaço de jogo – separado, estrutura funcional – cooperação-oposição, participação – alternada.
·         Badminton; espaço de jogo – separado, estrutura funcional – cooperação-oposição, participação – alternada.

POR Bernadete R.

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