sexta-feira, 6 de maio de 2011

Administração esportiva publica e particular no Brasil

Artigo
Tema: Administração esportiva no Brasil
Titulo: Administração esportiva publica e particular no Brasil

Introdução

O esporte desde a antiguidade é um forte elemento usado para vários fins, como competição, forma de domínio político, status sociais, etc. Já foi usado também como forma de provar uma suposta superioridade de uma raça, o principal exemplo aconteceu em 1936 nas Olimpíadas que foi realizada em Berlim, onde Hitler acreditava na superioridade da raça ariana, mas toda essa inverídica historia foi quebrada lá mesmo.
Nesse artigo vou tratar desse fenômeno mundial que se transformou o esporte, dando ênfase na administração esportiva no Brasil. Os principais problemas enfrentados pelos clubes, academias, governo e pelos atletas.
Como já vimos anteriormente o esporte é usado como forma de controle político, historicamente os governantes do Brasil utilizam o esporte em seu jogo de poder, predominantemente usando o futebol, que é o principal esporte por aqui, como seu instrumento. Para AZEVEDO (1999): 
“Os códigos simbólico e ideológico estiveram implícitos ainda nos papéis de legitimação e de acumulação do Estado, mesmo que os pontos de contato com o futebol possam não ter sido visíveis. Se esses papéis têm tal peso explicativo no social, no que se refere ao futebol, por exemplo, a atuação do Estado foi notadamente marcada pelo ranço da apropriação político-ideológica e cultural desse fenômeno do país, especialmente nos anos do "Estado Novo" e do autoritarismo do "pós-64"".
O desporto realmente é e sempre será usado para influenciar pessoas em todo lugar do mundo, com toda evolução que o mundo vem passando logicamente os esportes não iria ficar de fora, com isso vemos cada dia os atletas superando marcas que todos acreditavam ser incapaz de realizar-se, por isso a administração esportiva é um segmento que merece muita atenção, pois uma boa administração é a chave para o sucesso.

Administração esportiva no Brasil

A falta de capacitação dos dirigentes pode ser apontada como o maior problema do segmento da atividade física, que muitas vezes interfere diretamente no desempenho de professores, técnicos e esportistas. Os administradores geralmente são ex-professores ou técnicos que não têm a qualificação necessária para esta função, ou aqueles oriundos de outras áreas sem um conhecimento mais aprofundado sobre a administração de organizações esportivas.
A sociedade brasileira em geral tem se manifestado nas mais diferentes esferas, no meio acadêmico, através da mídia, entre outras, sobre a necessidade urgente de se profissionalizar o esporte, de se administrar o esporte com transparência: o caminho para o país obter sucesso a nível olímpico seria o aperfeiçoamento da administração esportiva do país.
Os profissionais da área consideram que a combinação entre talento e organização tende a levar ao sucesso, à certeza da obtenção de resultados expressivos, desde que organização seja entendida como a sinergia entre trabalho em equipe, liderança e planejamento.
Uma boa administração trará resultados mais rápidos e expressivos, um excelente exemplo é o voleibol, que hoje é a maior potencia mundial, com certeza esses belos resultados que o vôlei vem tendo é fruto de uma administração bem organizada e empenhada em dar o melhor de si para o desenvolvimento do esporte.  
A administração esportiva no país é uma área de estudo composta por um corpo de conhecimento de literatura relativa à teoria e a prática; pelos profissionais que formam profissionais, por aqueles que desenvolvem pesquisa e os que atuam na prática; por organizações profissionais dedicadas ao avanço da área; pela formação profissional e pela credibilidade que ela conquista perante a sociedade (Pitts, 2001).
A área de Administração Esportiva envolve a aplicação dos conceitos e teorias gerais da Administração ao Esporte e aos diferentes papéis que ele desempenha na sociedade contemporânea. Seu estudo engloba conhecimentos multidisciplinares, e passou a ser divulgado com maior consistência a partir dos anos sessenta do século passado.
Alguns estudiosos tratam a administração esportiva no Brasil como um estado de crise, Pereira DaCosta  fala em novas soluções para a organização desportiva, assunto ligado a administração, a afirma que isso sugere “necessariamente numa revisão conceitual e teórica da pratica de atividades, a partir da sociedade e não das instituições, estas entendidas como cerne da crise do desporto”. Ao analisar as circunstâncias brasileiras, volta a falar em crise no desporto, e afirma que ela confunde-se com sua legislação ou organização.
Não há duvidas que alguns esportes no Brasil carece de uma melhor administração, e isso implica em mais investimentos e uma melhor formação de profissionais que irão atuar nessa área, um dos problemas enfrentados é justamente a falta de pessoas capacitadas para trabalhar nesse ramo do esporte, que apesar de não ter o reconhecimento merecido é o que esta por trás de uma equipe ou um atleta vencedor.

O Governo atuando como administrador

A uma grande diferença de investimentos entre nosso país e os países de elite no esporte, comparado com países da Europa e America do Norte, os investimentos do nosso governo no esporte de alto rendimento e na iniciação esportiva é insignificante. Enquanto faltar verba e empenho nós nunca seremos uma elite esportiva.
Um país só se torna elite no desporto quando começa administrar e fazer talentos desde a infância, e isso se da com projetos de iniciação com perspectivas de aperfeiçoamento para um futuro atleta de ponta, isso acontece nos Estados Unidos e na Europa, que tem grandes projetos nessa área.
O esporte e tudo que engloba esse meio têm uma significativa importância no PIB mundial, ou seja, o desporto é muito lucrativo envolve muito dinheiro, para se ter uma idéia, existem muitos jogadores de futebol que ganha mais de 50 milhões de Dólares por ano, a FIFA no ano de 2009 teve lucro de US$196 milhões, O golfista Tiger Woods, ganha cerca 80,3 milhões de dólares por ano. 
Como vimos o esporte se bem administrado pode render muito lucro tanto para a equipe como para o próprio país, por esses e outros motivos que o governo deveria dar mais importância para esse fenômeno mundial que é o esporte, e investir, dar apoio, incentivos para que houvesse mais instituições preparadas para organizar e administrar o esporte no Brasil.

A administração de empresas privadas

A administração de empresas privadas geralmente é melhor do que os órgãos públicos, visto que a um maior investimento e organização e uma maior procura por lucros, sabendo que só haverá ganhos financeiros se apresentar resultados expressivos. Clubes, academias e companhias ligadas ao meio esportivo cada vez mais investem para que seus clientes ou atletas sempre estejam satisfeitos e alcançando suas metas, que podem ser desde uns quilos a menos na balança a uma medalha de ouro nas Olimpíadas.
Nos dias de hoje, separar a existência do ser humano do seu ambiente de trabalho é uma missão impossível. De um lado, o trabalho toma a maior parte do tempo da vida das pessoas, que dependem dele para sua subsistência e sucesso pessoal. Já as organizações dependem diretamente dessas mesmas pessoas para operarem, produzirem, atenderem seus clientes, prestarem serviços; enfim, dependem essencialmente das pessoas para funcionarem e assim obterem seu estimado lucro! 
Mesmo que as instalações físicas, os equipamentos de última geração e os recursos financeiros sejam necessários para as organizações, as pessoas os recursos humanos se tornaram a essência da empresa. Assim, verifica-se nas organizações a tendência para reconhecer o empregado como parceiro, pois o funcionário é na verdade o parceiro mais íntimo da organização.
Se as instituições publicas tivessem os mesmo pensamentos das privadas veriam que um maior investimento e aperfeiçoamento de professores, administradores na era esportiva traria muito lucro para o país, pois como vimos anteriormente o esporte se tronou super lucrativo, alem do dinheiro o desporto trás status, consciência patriota e outros benefícios.   

Conclusão

Através desse artigo apresentado, pode-se dizer que é de suma importância para o desenvolvimento das entidades privadas de prática esportiva e de atividade física e para o esporte brasileiro de maneira geral, uma capacitação maior de seus dirigentes. Fica claro que o esporte nacional só tende a perder com o atual modelo de administração esportiva, que muito se difere dos apresentados por empresas privadas e pelos países da elite esportiva.
A Gestão de Pessoas em organizações prestadoras de serviços, como pode ser caracterizada as entidades privadas de prática, devem ser muito bem aplicadas, pois se lida diretamente com o público. Tal constatação pode ser comprovada por inúmeros estabelecimentos que contam com um ótimo quadro de profissionais técnicos, mas falham no atendimento e principalmente na gestão destes profissionais e conseqüentemente no seu objetivo maior: gerar lucro para os investidores!
A administração esportiva é uma matéria que a principio parece simples, mas se levarmos em consideração todos os empecilhos encontrados no caminho concluiremos que é bem complexa, muitas vezes dirigente e professores tem que conseguir verdadeiras façanhas para conseguir dar uma boa aula ou fazer uma boa administração, pois a falta de recursos é constante e os investimentos são escassos, o que torna tudo mais complicado. Essa é a grande diferença entre o Brasil e os países de elite esportiva.
O país ainda se encontra em um estágio de discussão e definição de uma política nacional de esportes, dificultando assim o próprio destino da área e consequentemente da formação de profissional para atuar nela. Esperamos que com a vinda de eventos importantes, (Copa do mundo 2014 e das Olimpíadas 2016) nossos governantes possam tomar medidas para atender melhor essa área que tanto cresce e mesmo assim não recebe o respaldo merecido.  

Referencias

“A necessidade de administração profissional do esporte 
brasileiro e o perfil do gestor público, em nível federal,  que atuou de 1995 a 2002” Paulo Henrique Azevedo, Jônatas de França Barros -http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 74 - Julio de 2004 
“Mulher e esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas fazem historia”, Silvana Vilodre Goellner . http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewArticle/106/2275

“A reformulação do esporte brasileiro”, Renato Geraldo Mendes - Revista da Fundação de Esporte e Turismo 34 - http://www.boletimef.org/biblioteca/2664/A-reformulacao-do-esporte-brasileiro

“O nível de participação do Estado na gestão do esporte brasileiro como fator de inclusão social de pessoas portadoras de deficiência”, Paulo Henrique Azevedo, Jônatas de França Barros - R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 12 n. 1 p. 77-84 jan./mar. 2004

“Marketing e organização esportiva: elementos para uma história recente do esporte-espetáculo”, Marcelo Weishaupt Proni - revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 1, n. 1, p. 82-94, jul/dez. 1998.

CAPINUSSÚ, J. M. Administração Desportiva Moderna. São Paulo, Editora Ibrasa, 2002.


Por: Bernadete R.

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