segunda-feira, 11 de julho de 2011

danças folclóricas do sudeste

Dança do caranguejo
A dança do caranguejo é uma dança folclórica brasileira de origem açoriana muito parecida com o minueto.
Já foi muito popular em todo o Brasil, e existem referências a ela desde o século XIX.
Dança-se aos pares, coreografando-se dois círculos concêntricos: um só performado por homens e outro por mulheres. Os círculos vão movendo-se em direções opostas, oportunizando-se a alteração dos pares iniciais.
É uma dança cantada, com letras que variam conforme a tradição popular de cada região.
Geralmente dançada nos Pousos de Folia do Divino e em algumas festas populares. Dançada em par, forma-se uma roda com a dama sempre à frente do seu cavalheiro, girando no sentido do relógio. Canta-se o seguinte refrão:
Quando é mão, é mão, é mão (todos acompanham batendo as mãos)
Quando é pé, é pé, é pé (todos acompanham batendo o pé). No baião da mariquinha, caranguejo peixe é. (dança uma volta com a dama e deixa-a para trás), entre um refrão e outro se cantam versos improvisados.
Canção:
               Caranguejo
 
Caranguejo não é peixe caranguejo peixe é
Se não fosse o caranguejo não se dançava em Bagé
Caranguejo não é peixe caranguejo peixe é
Caranguejo está na toca a espera da maré
Caranguejo não é peixe caranguejo peixe é
Eu já vi um caranguejo sentado e lavando os pés
Caranguejo não é peixe se é peixe ninguém come
Ainda há chegar o tempo das muié falar dos home
No fundo do mar tem peixe na beira tem camarão
Nas ondas dos teus cabelos navega meu coração
O pé o pé o pé a mão a mão a mão
Minha gente venha ver o caranguejo no salão
Sim sim sim não não não
Estou a tua espera e não me dás teu coração
Caranguejo não é peixe caranguejo peixe é
Eu já vi um caranguejo sentado e lavando os pés
Caranguejo não é peixe caranguejo peixe é
Eu já vi um caranguejo namorando uma muié
 
Batuque
 Dança de terreiro com dançadores de ambos os sexos, organizados em duas fileiras – uma de homens e outra de mulheres. A coreografia apresenta passos com nomes específicos: “visagens” ou “micagens”, “peão parado” ou “corrupio”, “garranchê”, “vênia”, “leva-e-traz” ou “cã-cã”. São executados com os pares soltos que, saindo das fileiras, circulam livremente pelo terreiro. O elemento essencial em toda a coreografia é a umbigada, chamada “batida”: os dançadores dão passos laterais arrastados, depois levantam os braços e, batendo palmas acima da cabeça, inclinam o tronco para trás e dão vigorosa batida com os ventres. Os instrumentos musicais são todos de percussão: Tambu, Quinjengue, Matraca e Guaiá ou chocalho.
 
Catira ou Cateretê
 É executada exclusivamente por homens, organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de uma delas fica o violeiro que tem à sua frente o seu “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria. O início é dado pelo violeiro que toca o “ras-queado”, para os dançadores fazerem a “escova”- bate pé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda de viola. Os músicos inter-rompem a cantoria e repetem o rasqueado. Os dançadores reproduzem o bate-pé, o bate-mão e os pulos. Vão alternando a moda e as batidas de pé e mão. Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés alternados com as mãos: é a figuração da “serra acima”; fazem meia-volta e repetem o sapateiro e as palmas para o “serra abaixo”, terminando com os dança-dores nos seus lugares iniciais. O Catira encerra com Recortado: as fileiras trocam de lugar, fazem meio-volta e retornam ao ponto inicial. Neste momento todos cantam o “levante”, que varia de grupo para grupo. No encerramento do Recortado os catireiros repetem as batidas de pés, mãos e pulos.

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